Desculpas

Desculpas

Confesso, não consigo entender o que impede muitas pessoas de pedir desculpas.

É um ato tão nobre e simples, porem para algumas pessoas parece o fim do mundo, resistem a todo custo como se pedir desculpas lhes custaria à vida.

Em uma sociedade cada vez mais egoísta e imatura, erros acontecem a cada instante, muitos são vistos como “comuns” em determinadas situações, outros são totalmente ignorados pela sua insignificância, porem o que mais me chama a atenção são os erros grotescos e que muitas vezes prejudicam outras pessoas de forma direta ou indireta.

Cito como exemplo uma situação vivenciada hoje. Pediram-me para fazer uma tarefa, porem, pediram que eu a “cortasse pela metade” para evitar um atraso (que seria de no máximo 1 minuto e meio). Eu com muita humildade e com a melhor das boas intenções, sugeri que essa coisa fosse feita “inteira” e não pela “metade”, tendo em visto que cortar essa tarefa pela metade poderia causar inúmeros problemas, pois alem de ficar feio, poderia ser visto como desrespeito.

Acontece que fui praticamente obrigado a cortar o Hino Nacional Brasileiro pela metade em um cerimonial hoje no serviço, o vídeo continha as duas partes do Hino Nacional, e mesmo sugerindo que não fosse feito, fui obrigado a fazer, e realmente, o que eu havia dito se concretizou. Ficou HORRIVEL e totalmente DESRESPEITOSO. Era como se a bandeira estivesse sendo queimada ou rasgada diante de uma platéia composta por mais de 200 pessoas, dentre elas, autoridades políticas.

Logo após fazer isso, comentei com quem estava ao meu lado “vão me dar uma bronca por isso”. Fato dito, ato feito, ao final do dia o Diretor Geral da instituição em que trabalho, chamou-me em um canto e manifestou sua decepção e indignação sobre a “dicotomia” que foi feita.

Em seguida, logicamente chateado, chamei uma das pessoas que me mandaram fazer aquilo e contei sobre o que havia acontecido, a resposta que me foi dada me deixou estagnado, decepcionado e frustrado.

Simplesmente ao invés de “pedir desculpas”, e agora voltamos ao tema proposto, empurrou ainda mais a bronca pra cima do meu lado, dizendo que eu fiz mal feito e que deveria ter feito melhor que aquilo, entretanto, o que essa pessoa esqueceu é que, aquilo que foi feito, era uma coisa que jamais deveria ter sido feita. (e quando uso o . é ponto mesmo)

Fiquei abismado com tamanha ignorância e mesquinharia, é totalmente desanimadora a forma como pessoas vivem, precisando, ou “se fazendo” precisar pisar em cima de próximos para se sentirem mais, ou talvez menos, importantes quem nem se quer são iguais a você.

Sei que julgar é errado, entretanto, não julgar é o mesmo que se omitir perante a uma sociedade que realmente não merece a omissão dos homens, isso perante minhas convicções é claro.

Não sei se é um erro ou uma qualidade minha mais sempre que percebo algum erro meu, procuro me desculpar, mesmo que isso signifique “assumir uma bronca grande”, prefiro ser “homem e honesto” primeiramente “comigo mesmo” do que virar o rojão para o lado do próximo. Infelizmente nem todos pensam assim.

O mundo só será melhor quando as pessoas deixarem de lado suas mesquinharias e passarem a pensar como “mundo”. Existem inúmeras situações que poderiam ser citadas, prefiro falar sobre o que vivo e conheço, por esse motivo citei um exemplo meu, e só citei um por ser o mais recente, acho que através disse exemplo já se percebe o que eu tentei transmitir aqui, ou simplesmente desabafar aqui.

Não espero ser lido todos os dias, ou compreendido, muito menos popular, apenas estou tentando usar o recurso da escrita para dialogar comigo mesmo sobre meus conceitos, pensamentos e momentos.

Se você conseguiu ler isso até o final, obrigado, que lhe sirva para alguma coisa algum dia.

Eu já aprendi, no mundo de hoje, o mais sensato é fazer-se de morto para comer o cú do coveiro, só assim deixaremos de ser bobos perante os que achamos que são bobos.

Alguém um dia disse “tudo que vai volta”, partindo desse principio, tenho certeza que muita gente no mundo recebe em sua face o próprio cuspe.

Fui-me-indo!!!

E sim, sou “isquisito” como sou e como quero ser, não como querem que eu seja!!!